terça-feira, 21 de junho de 2011

Soneto da perdida esperança

Perdi o bonde e a esperança.
Volto pálido para casa.
A rua é inútil e nenhum auto
passaria sobre meu corpo.
Vou subir a ladeira lenta
em que os caminhos se fundem.
Todos eles conduzem ao
princípio do drama e da flora.
Não sei se estou sofrendo
ou se é alguém que se diverte
por que não? na noite escassa
com um insolúvel flautim.
Entretanto há muito tempo
nós gritamos: sim! ao eterno.

Um comentário:

  1. Neste soneto da perdida esperança só faltaram os devidos créditos! Ele é da lavra de nosso poeta maior Carlos Drummond de Andrade! Parabéns, Tharcia, pela escolha deste soneto como postagem de seu blog!

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